Grécia Antiga
Introdução:
Os Jogos Olímpicos
Competir, vencer, ser aplaudido e tornar-se famoso para continuar vivo na memória da comunidade, eram componentes essenciais da visão de mundo dos gregos antigos. As competições permitiam-lhes, portanto, demonstrar a excelência de suas qualidades físicas e intelectuais. "Competição" em grego antigo era agón, que também significava "combate", "luta", "batalha", ou então "prova", "concurso", "jogo", e ainda "assembleia", além de "processo judiciário".
Esse amplo conjunto de significados indica as diferentes situações de que os gregos participavam com espírito de rivalidade. Em primeiro lugar, a guerra, prova máxima de enfrentamento físico. Em segundo, os embates retóricos: os debates políticos nas assembleias e as disputas nas sessões do tribunal judiciário. E para enfrentar esses desafios quotidianos, os gregos espelhavam-se nos modelos de excelência representados pelos heróis míticos, cujas façanhas eram divulgadas em poesias, como a Ilíada e a Odisséia de Homero, que os gregos aprendiam a decorar logo nos primeiros anos da escola.
Além dessas situações rotineiras, os gregos contavam com um grande número de concursos que faziam parte de festas em honra a uma divindade, patrocinadas pelas cidades e inseridas no calendário oficial. Eram, portanto, festas cívicas e ao mesmo tempo religiosas. Além dos concursos atléticos, em que se media o preparo físico dos concorrentes, havia concursos artísticos, que avaliavam o talento dos concorrentes na dança, no teatro e na música. Portanto, vencer num desses concursos era uma forma de obter glória para si, para a cidade e os concidadãos, e também de homenagear o deus celebrado.
É nesse contexto que se inserem os quatro mais importantes jogos da Grécia Antiga: os Olímpicos, celebrados no santuário de Zeus em Olímpia, os Píticos, celebrados no santuário de Apolo em Delfos, os Ístmicos, no santuário de Possêidon em Corinto, e os Nemeus, no santuário de Zeus em Neméia.
Um grande público, vindo de todos os cantos da Grécia, acorria àqueles santuários. Os jogos, além de festa religiosa, eram também um grande acontecimento cultural, prestigiado por líderes políticos, negociantes e, sobretudo, artistas, pois representavam uma excelente oportunidade para escritores, músicos, pintores e escultores divulgar as suas obras.
A presença de mulheres era vedada, tanto nas provas como na plateia. A única excepção feita era à sacerdotisa de Deméter, que assistia a todos os espectáculos, acomodada em seu altar de mármore. Contudo, em Olímpia celebravam-se, só para as mulheres, os Heraia ou Jogos Heranos, em honra à deusa Hera, esposa de Zeus. Os jogos consistiam em provas de corrida a pé, disputadas por mulheres, e terminavam com sacrifícios, procissão e festas.
Fonte: http://olimpia776.warj.med.br/txt01.html
Os Jogos Olímpicos (Parte 2)
Os Jogos Olímpicos eram a mais importante festa pan-helênica do mundo grego. Deles só podiam participar homens livres e em pleno gozo de seus direitos de cidadão. Assim, como bem observa Manolis Andronicos, as Olimpíadas criavam condições para que os gregos, subdivididos em grupos que viviam em centenas de pólis (cidades-estados) independentes e em constantes atritos entre si, adquirissem consciência de sua
unidade nacional.
Os Jogos eram dedicados a Zeus, a divindade suprema, e aconteciam em seu santuário em Olímpia, na região de Élis, a oeste do Peloponeso. O santuário contava com o ginásio, a palestra, o estádio, o hipódromo, além de um hotel e dois templos, um de Hera e um de Zeus. Este era o maior templo da Grécia continental e possuía, no seu interior, a célebre estátua de Zeus, considerada pelos antigos uma das sete maravilhas do mundo.
A tradição grega associava às origens míticas dos Jogos Olímpicos dois grandes heróis: Pélope e Héracles. Quando Pélope chegou à região de Élis, vindo da Lídia com grande quantidade de tesouros, fez parada na cidade de Pisa, onde reinava Oinomaos. Esse rei tinha uma filha, Hipodâmia, que ele se negava a dar em casamento. Quando aparecia algum pretendente, o rei propunha-lhe uma disputa na corrida de carros. Se o pretendente vencesse, levaria Hipodâmia como prémio; se, ao contrário, fosse derrotado, seria morto pelo rei. Pélope interessou-se pelo desafio. Àquela altura, o rei já havia dado a morte a doze pretendentes. Acontece que Hipodâmia se apaixonou por Pélope e tratou de favorecer o seu amado: convenceu por meio de suborno o cocheiro de Oinomaos a substituir os eixos do carro do rei por outros mais fracos, que se romperam durante a prova, causando a morte de seu próprio pai. Assim, Pélope conseguiu casar-se com Hipodâmia e instituiu jogos em honra do rei morto.
Depois de um certo tempo, esses jogos deixaram de ser celebrados. Coube, então, a Héracles reactivá-los, em comemoração à sua vitória sobre Áugias, um rei de Élis possuidor de numeroso rebanho, cujo estábulo nunca havia sido limpo. Toda a vizinhança sofria com o mau cheiro que exalava de seus domínios; além disso, o solo já não produzia mais, tão grande era a quantidade de esterco que o cobria. A limpeza do estábulo foi realizada por Héracles. Do conjunto dos famosos Doze Trabalhos, esse foi o sexto. Acertado com o rei o preço da tarefa - ele deveria receber uma décima parte do rebanho - pôs mãos à obra: derrubou duas das paredes do estábulo e, a seguir, desviou os cursos de dois rios da vizinhança, cujas águas levaram todo o esterco. O rei, entretanto, negou-se a pagar o combinado e expulsou-o violentamente do território. Para vingar-se, Héracles organizou uma expedição contra Áugias, invadiu o seu reino e o matou.
Aconteciam em pleno verão, na semana de lua cheia do mês metagitnion (correspondente à segunda quinzena de Agosto e primeira de Setembro do nosso calendário). Foram celebrados regularmente a partir de 776 a.C., data do primeiro registro dos vencedores. A partir dessa data, os gregos adoptaram os Jogos Olímpicos como referência cronológica, chamando "olimpíada" o período de quatro anos entre um festival e outro. A era das Olimpíadas estendeu-se aproximadamente por 12 séculos, até 393 d.C., quando foram abolidos pelo imperador romano Teodósio, que, convertido ao cristianismo, proibiu os cultos pagãos.
Os preparativos da festa começavam dez meses antes da abertura, quando se nomeava uma comissão organizadora, cujos membros, chamados helanódices (“juizes dos helenos”), além de assumirem todas as responsabilidades pela organização dos jogos, desempenhavam também a função de juizes. Algum tempo antes da abertura dos jogos, os arautos spondophóroi (“portadores da trégua) divulgavam por toda a Grécia a trégua sagrada, que suspendia as guerras por três meses, a fim de proporcionar uma viagem de ida-e-volta segura às pessoas que pretendiam deslocar-se para Olímpia. A partir do século IV a.C., a região de Élis foi proclamada inviolável. Entrar naquele território portando armas era sacrilégio.
O atleta inscrevia-se, nos prazos fixados, para as modalidades em que pretendia competir. Uma vez aceita a inscrição, ele devia comparecer a Olímpia dois meses antes do início dos jogos, para submeter-se a treinamento especial, sob o controle dos helanódices e do ginasiarca, a fim de que fosse confirmada ou alterada sua inscrição numa dada categoria, de acordo com sua idade e força física. Além disso, nesse período o atleta tomava ciência dos regulamentos das provas. Qualquer infracção às regras acarretava pesadas multas e sanções não só ao atleta mas também à sua família. Os infractores perdiam a credibilidade, eram desmoralizados socialmente e não podiam participar de outros concursos.
Um mês antes do início das provas, helanódices e atletas, acompanhados de seus familiares e amigos, participavam de uma procissão solene que ia de Élis até Olímpia (58 quilómetros), pela Via Sagrada.
Os jogos duravam sete dias. O primeiro e o último eram dedicados a cerimónias religiosas. No primeiro dia, a cerimónia inicial era o juramento solene, no altar de Zeus; os helanódices juravam julgar as provas com equidade e os atletas juravam respeitar todos os regulamentos e agir com lealdade. A seguir, acontecia o sacrifício no altar de Zeus. Depois, todos seguiam para o estádio e os arautos declaravam a abertura oficial dos jogos. No dia do encerramento, organizava-se outra procissão e um banquete.
As provas consistiam em competições de exercícios corporais de força ou agilidade. Dividiam-se em concursos gímnicos e concursos hípicos. Os concursos gímnicos realizavam-se no estádio. Compreendiam: as corridas (simples, dupla, de fundo e com armas); o pugilato; o pancrácio e o pentatlo. Os concursos hípicos aconteciam no hipódromo e compreendiam as corridas de carros e o hipismo. Além dessas provas atléticas, havia também concursos de tocadores de corneta e concursos de arautos, com a finalidade de premiar os que tivessem maior força e capacidade pulmonar.
A vitória implicava alta honra não só para o vitorioso, como também para sua família e para sua cidade natal. O arauto proclamava o seu nome, o nome de seu pai e o de sua pátria. Ele tornava-se um Olimpiônico. Como prémio material, recebia uma coroa de folhas de oliveira. O que importava mesmo era a aclamação do público. A sua cidade natal recebia-o triunfalmente e os poetas, como Píndaro, imortalizavam-no em canções que espalhavam a sua fama por toda a Grécia. O nome do vencedor era inscrito no catálogo oficial dos olimpiônicos, conservado no ginásio. Se ele próprio ou os amigos tivessem recursos financeiros, contratava-se um escultor para fazer a sua estátua, que seria colocada em Olímpia ou em outro lugar. Atenas recompensava os seus cidadãos vitoriosos em Olímpia patrocinando-lhes a alimentação pelo resto das suas vidas. Nos concursos equestres, o prémio destinava-se ao dono do carro ou do animal vencedor; contudo, a vitória era mais gloriosa quando o próprio dono participava da competição como condutor.
Fonte: http://olimpia776.warj.med.br/txt02.html
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Introdução:
Os Jogos Olímpicos
Competir, vencer, ser aplaudido e tornar-se famoso para continuar vivo na memória da comunidade, eram componentes essenciais da visão de mundo dos gregos antigos. As competições permitiam-lhes, portanto, demonstrar a excelência de suas qualidades físicas e intelectuais. "Competição" em grego antigo era agón, que também significava "combate", "luta", "batalha", ou então "prova", "concurso", "jogo", e ainda "assembleia", além de "processo judiciário".
Esse amplo conjunto de significados indica as diferentes situações de que os gregos participavam com espírito de rivalidade. Em primeiro lugar, a guerra, prova máxima de enfrentamento físico. Em segundo, os embates retóricos: os debates políticos nas assembleias e as disputas nas sessões do tribunal judiciário. E para enfrentar esses desafios quotidianos, os gregos espelhavam-se nos modelos de excelência representados pelos heróis míticos, cujas façanhas eram divulgadas em poesias, como a Ilíada e a Odisséia de Homero, que os gregos aprendiam a decorar logo nos primeiros anos da escola.
Além dessas situações rotineiras, os gregos contavam com um grande número de concursos que faziam parte de festas em honra a uma divindade, patrocinadas pelas cidades e inseridas no calendário oficial. Eram, portanto, festas cívicas e ao mesmo tempo religiosas. Além dos concursos atléticos, em que se media o preparo físico dos concorrentes, havia concursos artísticos, que avaliavam o talento dos concorrentes na dança, no teatro e na música. Portanto, vencer num desses concursos era uma forma de obter glória para si, para a cidade e os concidadãos, e também de homenagear o deus celebrado.
É nesse contexto que se inserem os quatro mais importantes jogos da Grécia Antiga: os Olímpicos, celebrados no santuário de Zeus em Olímpia, os Píticos, celebrados no santuário de Apolo em Delfos, os Ístmicos, no santuário de Possêidon em Corinto, e os Nemeus, no santuário de Zeus em Neméia.
Um grande público, vindo de todos os cantos da Grécia, acorria àqueles santuários. Os jogos, além de festa religiosa, eram também um grande acontecimento cultural, prestigiado por líderes políticos, negociantes e, sobretudo, artistas, pois representavam uma excelente oportunidade para escritores, músicos, pintores e escultores divulgar as suas obras.
A presença de mulheres era vedada, tanto nas provas como na plateia. A única excepção feita era à sacerdotisa de Deméter, que assistia a todos os espectáculos, acomodada em seu altar de mármore. Contudo, em Olímpia celebravam-se, só para as mulheres, os Heraia ou Jogos Heranos, em honra à deusa Hera, esposa de Zeus. Os jogos consistiam em provas de corrida a pé, disputadas por mulheres, e terminavam com sacrifícios, procissão e festas.
Fonte: http://olimpia776.warj.med.br/txt01.html
Os Jogos Olímpicos (Parte 2)
Os Jogos Olímpicos eram a mais importante festa pan-helênica do mundo grego. Deles só podiam participar homens livres e em pleno gozo de seus direitos de cidadão. Assim, como bem observa Manolis Andronicos, as Olimpíadas criavam condições para que os gregos, subdivididos em grupos que viviam em centenas de pólis (cidades-estados) independentes e em constantes atritos entre si, adquirissem consciência de sua
unidade nacional.
Os Jogos eram dedicados a Zeus, a divindade suprema, e aconteciam em seu santuário em Olímpia, na região de Élis, a oeste do Peloponeso. O santuário contava com o ginásio, a palestra, o estádio, o hipódromo, além de um hotel e dois templos, um de Hera e um de Zeus. Este era o maior templo da Grécia continental e possuía, no seu interior, a célebre estátua de Zeus, considerada pelos antigos uma das sete maravilhas do mundo.
A tradição grega associava às origens míticas dos Jogos Olímpicos dois grandes heróis: Pélope e Héracles. Quando Pélope chegou à região de Élis, vindo da Lídia com grande quantidade de tesouros, fez parada na cidade de Pisa, onde reinava Oinomaos. Esse rei tinha uma filha, Hipodâmia, que ele se negava a dar em casamento. Quando aparecia algum pretendente, o rei propunha-lhe uma disputa na corrida de carros. Se o pretendente vencesse, levaria Hipodâmia como prémio; se, ao contrário, fosse derrotado, seria morto pelo rei. Pélope interessou-se pelo desafio. Àquela altura, o rei já havia dado a morte a doze pretendentes. Acontece que Hipodâmia se apaixonou por Pélope e tratou de favorecer o seu amado: convenceu por meio de suborno o cocheiro de Oinomaos a substituir os eixos do carro do rei por outros mais fracos, que se romperam durante a prova, causando a morte de seu próprio pai. Assim, Pélope conseguiu casar-se com Hipodâmia e instituiu jogos em honra do rei morto.
Depois de um certo tempo, esses jogos deixaram de ser celebrados. Coube, então, a Héracles reactivá-los, em comemoração à sua vitória sobre Áugias, um rei de Élis possuidor de numeroso rebanho, cujo estábulo nunca havia sido limpo. Toda a vizinhança sofria com o mau cheiro que exalava de seus domínios; além disso, o solo já não produzia mais, tão grande era a quantidade de esterco que o cobria. A limpeza do estábulo foi realizada por Héracles. Do conjunto dos famosos Doze Trabalhos, esse foi o sexto. Acertado com o rei o preço da tarefa - ele deveria receber uma décima parte do rebanho - pôs mãos à obra: derrubou duas das paredes do estábulo e, a seguir, desviou os cursos de dois rios da vizinhança, cujas águas levaram todo o esterco. O rei, entretanto, negou-se a pagar o combinado e expulsou-o violentamente do território. Para vingar-se, Héracles organizou uma expedição contra Áugias, invadiu o seu reino e o matou.
Aconteciam em pleno verão, na semana de lua cheia do mês metagitnion (correspondente à segunda quinzena de Agosto e primeira de Setembro do nosso calendário). Foram celebrados regularmente a partir de 776 a.C., data do primeiro registro dos vencedores. A partir dessa data, os gregos adoptaram os Jogos Olímpicos como referência cronológica, chamando "olimpíada" o período de quatro anos entre um festival e outro. A era das Olimpíadas estendeu-se aproximadamente por 12 séculos, até 393 d.C., quando foram abolidos pelo imperador romano Teodósio, que, convertido ao cristianismo, proibiu os cultos pagãos.
Os preparativos da festa começavam dez meses antes da abertura, quando se nomeava uma comissão organizadora, cujos membros, chamados helanódices (“juizes dos helenos”), além de assumirem todas as responsabilidades pela organização dos jogos, desempenhavam também a função de juizes. Algum tempo antes da abertura dos jogos, os arautos spondophóroi (“portadores da trégua) divulgavam por toda a Grécia a trégua sagrada, que suspendia as guerras por três meses, a fim de proporcionar uma viagem de ida-e-volta segura às pessoas que pretendiam deslocar-se para Olímpia. A partir do século IV a.C., a região de Élis foi proclamada inviolável. Entrar naquele território portando armas era sacrilégio.
O atleta inscrevia-se, nos prazos fixados, para as modalidades em que pretendia competir. Uma vez aceita a inscrição, ele devia comparecer a Olímpia dois meses antes do início dos jogos, para submeter-se a treinamento especial, sob o controle dos helanódices e do ginasiarca, a fim de que fosse confirmada ou alterada sua inscrição numa dada categoria, de acordo com sua idade e força física. Além disso, nesse período o atleta tomava ciência dos regulamentos das provas. Qualquer infracção às regras acarretava pesadas multas e sanções não só ao atleta mas também à sua família. Os infractores perdiam a credibilidade, eram desmoralizados socialmente e não podiam participar de outros concursos.
Um mês antes do início das provas, helanódices e atletas, acompanhados de seus familiares e amigos, participavam de uma procissão solene que ia de Élis até Olímpia (58 quilómetros), pela Via Sagrada.
Os jogos duravam sete dias. O primeiro e o último eram dedicados a cerimónias religiosas. No primeiro dia, a cerimónia inicial era o juramento solene, no altar de Zeus; os helanódices juravam julgar as provas com equidade e os atletas juravam respeitar todos os regulamentos e agir com lealdade. A seguir, acontecia o sacrifício no altar de Zeus. Depois, todos seguiam para o estádio e os arautos declaravam a abertura oficial dos jogos. No dia do encerramento, organizava-se outra procissão e um banquete.
As provas consistiam em competições de exercícios corporais de força ou agilidade. Dividiam-se em concursos gímnicos e concursos hípicos. Os concursos gímnicos realizavam-se no estádio. Compreendiam: as corridas (simples, dupla, de fundo e com armas); o pugilato; o pancrácio e o pentatlo. Os concursos hípicos aconteciam no hipódromo e compreendiam as corridas de carros e o hipismo. Além dessas provas atléticas, havia também concursos de tocadores de corneta e concursos de arautos, com a finalidade de premiar os que tivessem maior força e capacidade pulmonar.
A vitória implicava alta honra não só para o vitorioso, como também para sua família e para sua cidade natal. O arauto proclamava o seu nome, o nome de seu pai e o de sua pátria. Ele tornava-se um Olimpiônico. Como prémio material, recebia uma coroa de folhas de oliveira. O que importava mesmo era a aclamação do público. A sua cidade natal recebia-o triunfalmente e os poetas, como Píndaro, imortalizavam-no em canções que espalhavam a sua fama por toda a Grécia. O nome do vencedor era inscrito no catálogo oficial dos olimpiônicos, conservado no ginásio. Se ele próprio ou os amigos tivessem recursos financeiros, contratava-se um escultor para fazer a sua estátua, que seria colocada em Olímpia ou em outro lugar. Atenas recompensava os seus cidadãos vitoriosos em Olímpia patrocinando-lhes a alimentação pelo resto das suas vidas. Nos concursos equestres, o prémio destinava-se ao dono do carro ou do animal vencedor; contudo, a vitória era mais gloriosa quando o próprio dono participava da competição como condutor.
Fonte: http://olimpia776.warj.med.br/txt02.html
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